O Sinte-SC (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina), responsável pelo movimento grevista, tem recebido denúncias e considera ilegal a dispensa de professores temporários por aderirem à greve. A entidade está apurando todos os casos reportados.
Segundo informações recebidas pelo sindicato, há pressão e ameaças de dispensa de professores ACT’s sob a alegação de que três faltas consecutivas ou cinco alternadas justificariam a rescisão do contrato. Diante disso, a Secretaria de Educação afirmou que irá descontar os dias parados dos grevistas e contratar profissionais temporários para garantir a continuidade das aulas.
Em relação ao número de grevistas, há uma divergência entre o governo e o Sinte-SC. Enquanto o governo afirma que quase 90% dos professores continuam trabalhando, o sindicato aponta que 40% do quadro do magistério aderiu à paralisação. Uma das demandas dos grevistas é a realização de concurso público, já que mais de 70% do quadro de professores é formado por profissionais temporários.
Além disso, os trabalhadores da educação reivindicam reajuste salarial, a descompactação salarial para diferenciar os vencimentos de profissionais com mais tempo de carreira, e o fim do desconto previdenciário nos salários dos aposentados. O governo, no entanto, argumenta que a descompactação salarial custaria R$ 4,6 bilhões e violaria a Lei de Responsabilidade Fiscal, e que as demandas por reposição salarial não se sustentam diante dos dados financeiros da educação.
Apesar das divergências, o governo prevê a realização de um concurso público em junho deste ano, com a contratação de aproximadamente 10 mil profissionais. A negociação sobre as demandas dos grevistas só será retomada quando os professores retornarem às salas de aula.