Os parlamentares se viram diante de um pedido de adiamento da votação do projeto e passaram a analisar a possibilidade de incluí-lo na pauta de votação somente após essa decisão. Enquanto isso, os professores estaduais deram início a uma greve em protesto contra a proposta, que, segundo eles, prejudica o sistema público de ensino. A mobilização dos docentes teve início na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, e culminou na invasão da Alep, deixando ao menos três pessoas feridas.
Em meio à polêmica, o governador Ratinho Junior (PSD) defendeu o projeto durante uma entrevista coletiva, minimizando a greve dos professores ao afirmar que a adesão era baixa e que a Justiça já havia decretado a ilegalidade do movimento. No entanto, a representação sindical dos professores contesta essas afirmações e aponta adesão significativa à greve em algumas regiões, como Apucarana, onde 60% dos docentes teriam aderido à paralisação.
Apesar dos embates políticos, a Secretaria de Estado da Educação anunciou que 87% das escolas estaduais funcionaram normalmente durante a manhã, sem adesão dos professores à greve, e que todas as unidades de ensino estavam com alguma aula em andamento, graças a um plano de contingência que envolve o uso de tecnologia e a substituição de professores ausentes. A controvérsia sobre o projeto e a resistência dos professores continuam a marcar o cenário educacional no Paraná.