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Professores invadem Assembleia Legislativa do Paraná em protesto contra projeto de terceirização da gestão de colégios públicos.

Após a tumultuada invasão da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) por professores, servidores e estudantes contrários ao projeto de lei que terceiriza a gestão administrativa de 200 colégios públicos do estado, os deputados estaduais se viram obrigados a iniciar uma sessão online na tarde desta segunda-feira (3). A invasão, que resultou na ocupação das galerias do plenário e na suspensão temporária da sessão, foi uma resposta dos manifestantes ao que consideram uma privatização da educação pública através do projeto Parceiro na Escola, encaminhado pelo governo estadual.

Os parlamentares se viram diante de um pedido de adiamento da votação do projeto e passaram a analisar a possibilidade de incluí-lo na pauta de votação somente após essa decisão. Enquanto isso, os professores estaduais deram início a uma greve em protesto contra a proposta, que, segundo eles, prejudica o sistema público de ensino. A mobilização dos docentes teve início na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, e culminou na invasão da Alep, deixando ao menos três pessoas feridas.

Em meio à polêmica, o governador Ratinho Junior (PSD) defendeu o projeto durante uma entrevista coletiva, minimizando a greve dos professores ao afirmar que a adesão era baixa e que a Justiça já havia decretado a ilegalidade do movimento. No entanto, a representação sindical dos professores contesta essas afirmações e aponta adesão significativa à greve em algumas regiões, como Apucarana, onde 60% dos docentes teriam aderido à paralisação.

Apesar dos embates políticos, a Secretaria de Estado da Educação anunciou que 87% das escolas estaduais funcionaram normalmente durante a manhã, sem adesão dos professores à greve, e que todas as unidades de ensino estavam com alguma aula em andamento, graças a um plano de contingência que envolve o uso de tecnologia e a substituição de professores ausentes. A controvérsia sobre o projeto e a resistência dos professores continuam a marcar o cenário educacional no Paraná.

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