Professora e sindicalista: a trajetória de luta e dedicação de Élide Maria Bueno pelo magistério e a educação.

A professora Élide Maria Bueno, uma figura marcante no magistério e na militância sindical, faleceu no dia 31 de janeiro, aos 68 anos, vítima de um câncer. Sua jornada de luta teve início em 1989, quando foi eleita a primeira presidente do Sismmac, Sindicato do Magistério Municipal de Curitiba. A partir daí, Élide se tornou uma referência na luta pela valorização dos docentes, destacando-se também na atuação no APP-Sindicato e na diretoria estadual da CUT.

Natural de Araruna, ela passou por diversas cidades do Paraná e também por Cáceres, no Mato Grosso, e Cuiabá, onde trabalhou em um banco antes de seguir sua paixão pela educação. Formada em letras e especialista em técnicas agrícolas, Élide foi descrita por seus colegas como uma profissional dedicada, comprometida com a qualidade do ensino e sempre disposta a dar o seu melhor.

Além de sua atuação sindical, a professora também foi lembrada por sua ligação com a família e seus gostos pessoais, como o apreço por doces rurais, pão molhado no café, costela assada, feijoada, camarão, praia e sol. Carinhosa e afetuosa, Élide cuidou dos pais até a velhice, apreciava música popular brasileira, festas de Natal e jogos de cartas.

A sobrinha Karinna Bueno destacou a rigidez e a disciplina de Élide em suas posições, o que gerou animosidades, mas também influenciou positivamente pessoas que aprenderam e seguiram seu exemplo. A amiga Maria Angélica Marochi ressaltou que a professora era respeitada por todos os colegas e alunos, e a descreveu como uma “grande companheira nas mobilizações da categoria”.

Élide deixou um legado de coragem, determinação e luta incansável por um mundo melhor. Em meio à dor da perda, seu irmão Joel Bueno a definiu como uma “mulher à frente de sua geração”. Mesmo após seu falecimento, seu exemplo de liderança e dedicação continua inspirando todos aqueles que tiveram a oportunidade de conviver com ela e admirar a sua trajetória de vida.

A morte de Élide Maria Bueno é uma perda irreparável para o movimento sindical, para a educação e para todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecer e compartilhar momentos ao seu lado. Seu legado continuará vivo, inspirando gerações e servindo de exemplo para a luta constante por um mundo mais justo e igualitário.

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