Após a experiência com a criança, Marcele e sua parceira, Renata, decidiram recorrer à fertilização in vitro para realizar o sonho de ter um filho. A consulta gratuita em uma clínica especializada despertou nelas a esperança de formar uma família, e assim, iniciaram o processo que resultou na gravidez de Théo, que atualmente tem 9 anos. Mesmo com a separação do casal quando o menino tinha 3 anos, Marcele e Renata mantiveram a guarda compartilhada e continuam sendo amigas.
A história de Marcele e Renata reflete um cenário em que a reprodução assistida tem se tornado uma opção viável para casais homoafetivos que desejam ter filhos. Com o reconhecimento da união estável homoafetiva como entidade familiar pelo Supremo Tribunal Federal em 2011, casais do mesmo sexo conquistaram o direito de recorrer a técnicas de reprodução assistida para realizar o sonho da maternidade e paternidade.
Segundo a diretora médica da Clínica Fertipraxis Centro de Reprodução Humana, Maria do Carmo Borges, a divulgação desses métodos é essencial para combater o preconceito e garantir que famílias formadas por casais homoafetivos sejam aceitas e reconhecidas como qualquer outra. A fertilização in vitro, a inseminação artificial e o útero de substituição são algumas das técnicas disponíveis para casais formados por mulheres que desejam ter filhos biológicos.
Embora ainda haja restrições e regulamentações no Brasil, a reprodução assistida tem se mostrado uma alternativa promissora para realizar o desejo de ser pais e mães para casais homoafetivos. Com a evolução da medicina e a conscientização da sociedade, cada vez mais famílias estão sendo formadas e celebradas, independentemente da orientação sexual de seus integrantes.






