Produtores de soja e indústria debatem impactos da moratória na Amazônia Legal: divergências sobre os efeitos nos municípios.

No dia 16 de julho de 2024, produtores de soja e representantes da indústria brasileira de óleos vegetais debateram a respeito da moratória da soja e as possíveis consequências para os municípios da Amazônia Legal. O tema foi discutido na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.

A moratória da soja tem como principal objetivo garantir que a soja produzida no bioma Amazônia e comercializada pelos seus signatários esteja livre de desmatamentos ocorridos após 22 de julho de 2008, mesmo quando a abertura de áreas foi legalizada pelo Código Florestal.

Durante o debate, o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso, Lucas Beber, expressou sua preocupação com os impactos da moratória, afirmando que até os produtores que possuem áreas desmatadas legalmente são prejudicados por essa medida.

Por outro lado, o representante da indústria brasileira de óleos vegetais, André Nassar, alertou sobre os possíveis boicotes à soja brasileira caso a moratória seja revogada. Nassar ressaltou que o fim da moratória poderia prejudicar as empresas do setor e os produtores, colocando em risco não apenas a soja plantada em áreas desmatadas.

A deputada Coronel Fernanda (PL-MT), responsável por solicitar a audiência, destacou que a medida que visa proteger a floresta acaba impactando o desenvolvimento dos municípios. Segundo a parlamentar, a moratória gera divisões na economia e aumenta a desigualdade social e regional, prejudicando os produtores e trabalhadores do campo.

Diante dessas divergências, o debate continuará em busca de soluções que conciliem a proteção ambiental com o desenvolvimento econômico dessas regiões. A discussão sobre a moratória da soja permanece em pauta, buscando um equilíbrio entre os interesses dos produtores, da indústria e da preservação ambiental na Amazônia Legal.

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