Prisões supermax: o extremo controle e restrições na Europa contrastam com modelo americano

No Brasil, a fuga de dois presos do presídio federal de Mossoró (RN) chamou a atenção para as prisões supermax, que são minoria na Europa. Os Centros de Supervisão Fechada (CSC) no Reino Unido são um exemplo desse tipo de prisão de alta segurança, destinado aos presos mais perigosos do sistema prisional. Eles são mantidos em isolamento e monitoramento constante, com um funcionário para cada dois detentos.

Na Holanda, o regime de segurança extra (EBI) foi implementado como resposta às fugas dos presídios. Os detentos são mantidos em espaços individuais com vigilância intensa e limitação na interação entre eles. Na França, as maison central são as prisões de segurança máxima, como a de Vendin-Le-Vieil, considerada a mais vigiada do país e destinada aos presos mais violentos.

O sociólogo António Pedro Dores avalia que os sistemas penitenciários em todos os países europeus têm problemas, como indicam relatórios do Conselho da Europa. Na Rússia, a opacidade sobre as condições das prisões aumentou com o regime autoritário de Vladimir Putin, levando à denúncia de trabalho forçado, condições precárias e tortura.

A morte de Alexei Navalni em uma prisão de segurança máxima na Sibéria trouxe atenção internacional para as condições dos presos políticos na Rússia. A colônia penal número 6, conhecida como “golfinho preto”, é uma das prisões mais vigiadas do país, com celas individuais e medidas rigorosas de segurança.

Em resumo, as prisões supermax são uma realidade presente não apenas no Brasil, mas também em alguns países da Europa, como no Reino Unido, na Holanda e na França, cada uma com seu modelo específico de alta segurança para presos considerados extremamente perigosos. A situação das prisões na Rússia é marcada pela opacidade e denúncias de violações dos direitos humanos, trazendo preocupações tanto nacionalmente quanto internacionalmente.

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