Previsão do mercado financeiro indica redução da inflação para 2023 e 2024, com estimativa de Selic em 11,75% ao ano.

O mercado financeiro reduziu pela terceira semana consecutiva a previsão para a inflação oficial do Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa para o IPCA em 2022 passou de 4,55% para 4,53%, de acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central.

Para os anos seguintes, as projeções também foram divulgadas. Em 2024, a expectativa de inflação ficou em 3,91%, enquanto para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5%. No entanto, é importante ressaltar que, para 2023, a estimativa está acima do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O último Relatório de Inflação do Banco Central indicou que há 67% de chance de o índice oficial de inflação superar o teto da meta em 2023. Além disso, o mercado também projeta que a inflação de 2024 fique acima do centro da meta, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em relação ao comportamento dos preços, especificamente em outubro, o aumento nas passagens aéreas pressionou a inflação, que registrou um índice de 0,24%. No acumulado do ano, a inflação atingiu 3,75%, enquanto nos últimos 12 meses, o índice está em 4,82%.

Para combater a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano, mas o BC já realizou três cortes na taxa de juros e indicou que poderá continuar com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

As projeções do mercado financeiro para a Selic apontam que a taxa encerre 2023 em 11,75% ao ano. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e à cotação do dólar, as estimativas também foram divulgadas. Para 2023, a expectativa do crescimento da economia varia de 2,85% para 2,84%, enquanto a projeção para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano.

As incertezas sobre a inflação, a taxa de juros e o crescimento econômico estão no radar do mercado financeiro e dos agentes econômicos, que monitoram de perto as projeções e as expectativas para o cenário econômico do Brasil. O acompanhamento desses indicadores econômicos é fundamental para a tomada de decisões por parte dos investidores e das empresas, refletindo diretamente nas perspectivas para o país nos próximos anos.