Haddad ressaltou que as demandas por financiamento para a transição ecológica e o combate à pobreza têm aumentado globalmente. Ele prevê que a pressão e a mobilização social em torno da taxação dos super-ricos irão crescer ainda mais. O ministro já havia conseguido garantir a inclusão do reconhecimento da necessidade de discutir a taxação dos super-ricos nos textos das declarações.
Segundo o Comunicado da Trilha de Finanças do G20, é essencial que todos os contribuintes, incluindo os super-ricos, contribuam de forma justa com os impostos. O documento destaca que a elisão fiscal agressiva ou a evasão fiscal por parte dos super-ricos podem prejudicar a justiça dos sistemas fiscais. Também reforça a importância da cooperação internacional para garantir a efetiva tributação dos super-ricos.
Além da taxação dos super-ricos, outros temas abordados durante a reunião incluíram o combate à fome, à pobreza e às desigualdades, a ampliação do financiamento para a mudança climática, a eficácia dos bancos multilaterais de desenvolvimento e a reforma na governança global. As metas da Agenda 2030, que fixou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), também foram mencionadas nas declarações aprovadas.
A taxação dos super-ricos foi enfatizada como uma prioridade para o Brasil, que atualmente preside o G20. Haddad destacou que o tema deixou de ser uma pauta nacional e passou a ser uma pauta global, incluída na agenda internacional. O ministro reforçou o compromisso do Brasil em continuar defendendo a taxação dos super-ricos, inclusive em diálogos com outros países.
Ao abordar a taxação dos super-ricos como o “Pilar Três”, Haddad provocou um debate para estimular a discussão sobre o assunto. Ele defende a coordenação entre os países para a adoção de um imposto mínimo sobre os super-ricos, mas enfrenta resistências. A secretária do Tesouro dos Estados Unidos argumenta que a questão deve ser tratada internamente por cada governo.
Haddad alerta para o risco de uma guerra fiscal sem uma coordenação global e enfatiza a importância do consenso para uma abordagem mais eficiente. O Brasil continua buscando alternativas para avançar na taxação dos super-ricos e manter o tema em destaque nas discussões internacionais.