O Airbus A330-200, também conhecido como KC-30, tem capacidade para 230 passageiros e autonomia de 12 horas de voo. No entanto, esse modelo não oferece o mesmo conforto que o Airbus A319CJ, normalmente utilizado em missões presidenciais. O avião presidencial possui três partes distintas, com espaço para autoridades, sala de reuniões e assentos para outros passageiros, enquanto o KC-30 segue as configurações padrão de uma linha aérea regular, com classes executiva, econômica e primeira classe.
Adquirido ainda no governo de Jair Bolsonaro por US$ 80 milhões, o KC-30 foi utilizado em missões de repatriação no Líbano e resgates de brasileiros em Israel. Por outro lado, o avião presidencial, adquirido em 2004, está chegando à metade de seu ciclo de vida e a possibilidade de troca ou reformulação está sendo considerada pelo presidente e pelo comandante da FAB.
O presidente Lula defende a compra de uma nova aeronave, considerando o atual modelo como “antiquado”. Ele manifestou interesse em substituir o Airbus A319 pelo Airbus A330, visando mais espaço, conforto e uma ala expandida para convidados e equipe de apoio. No entanto, essa ideia enfrenta dificuldades devido às necessidades da Força Aérea e ao alto custo da conversão do Airbus para o arranjo executivo.
A questão envolvendo o avião presidencial no Brasil demonstra a importância dos meios de transporte utilizados pelos líderes políticos em suas viagens oficiais, envolvendo não apenas o aspecto de conforto e segurança, mas também a representatividade do país em cenários internacionais de cúpulas e reuniões entre chefes de Estado.