Presidente Lula sanciona Lei da Política Nacional de Assistência Estudantil, com vetos polêmicos, visando democratização da educação pública.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.914/2024, que institui a Política Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), em uma medida que visa beneficiar alunos de baixa renda da rede federal de ensino superior. A sanção ocorreu no dia 4 de julho e envolve a concessão de bolsas para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. No entanto, dois importantes dispositivos foram vetados pelo presidente, um deles estabelecia repasses de recursos proporcionais ao número de estudantes cotistas em cada instituição, e o outro fixava o valor do benefício em, no mínimo, R$ 700.

O veto desses dispositivos foi justificado pela presidência com a alegação de que não consideravam as particularidades locais de cada instituição de ensino e poderiam causar impactos na operacionalização do programa. Além disso, foram apresentadas preocupações em relação às metas de resultados fiscais do país diante das despesas adicionais causadas pelos dispositivos vetados.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou que o programa destinará um total de R$ 1,27 bilhão para as universidades federais até o final de 2024, a fim de promover ações de assistência estudantil. Cada instituição ainda terá que definir a distribuição desse montante para seus estudantes.

A Pnaes foi proposta pela senadora Professora Dorinha Seabra e busca garantir a permanência dos alunos de baixa renda nas instituições federais de ensino superior. Com critérios claros para acessar o benefício, como ser egresso da rede pública de educação básica ou integrante de grupo familiar em situação de vulnerabilidade socioeconômica, a lei visa promover a inclusão social pela educação.

Universidades federais, como a UFG e a Unifesp, enfrentam desafios para oferecer assistência aos estudantes e esperam que o Pnaes traga melhorias, apesar de algumas preocupações com a distribuição de recursos. A UFG, por exemplo, já auxilia alunos de baixa renda com bolsas de R$ 700, mas teme não conseguir atender à demanda caso não haja um aumento nos repasses. Já a Unifesp destaca a importância de regulamentações adicionais para a efetivação do programa e aguarda a destinação de recursos suficientes para sua execução completa.

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