De acordo com a mídia internacional, a nova constituição propõe a criação de um estado unificado, embora ainda mantenha a maioria dos poderes concentrados nas mãos do chefe de estado. Uma das principais mudanças propostas é a possibilidade de eleição democrática de governadores estaduais, o que representaria um avanço em direção a um sistema mais descentralizado.
Por outro lado, a oposição, liderada por Nasra Djimasngar, defende a implementação de uma estrutura federal. Eles argumentam que, devido à vastidão do território e sua diversidade sociocultural e socioeconômica, um sistema federalista seria mais adequado para atender às necessidades das diferentes regiões do país.
Vale ressaltar que essas discussões ocorrem em um contexto político turbulento, que teve início com a morte do então presidente Idriss Déby em abril de 2021. Sua morte ocorreu durante confrontos entre grupos rebeldes e o exército, o que levou seu filho, Déby Itno, a assumir o poder à frente do Conselho Militar de Transição.
Essa transição foi marcada por tensões e incertezas, com a comunidade internacional acompanhando de perto os desdobramentos políticos no Chade. A proposta de uma nova constituição e as divergências em relação ao modelo de estado a ser adotado são apenas alguns dos desafios enfrentados pelo país neste momento delicado de sua história.
À medida que o Chade se prepara para o processo de votação da nova constituição, é fundamental acompanhar de perto as diferentes perspectivas e argumentos apresentados pelas diferentes forças políticas e sociais do país. A forma como essas questões serão resolvidas terá um impacto significativo no futuro político e institucional do Chade.