Durante sua campanha eleitoral, o presidente eleito havia prometido acabar com o isolamento do Irã, buscando estabelecer laços construtivos com o restante do mundo, especialmente com as nações europeias. Ele criticou a ação unilateral dos Estados Unidos em 2018, ao se retirarem do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano, assinado anteriormente com França, Reino Unido, Alemanha, Rússia, China e EUA.
A retirada dos EUA resultou na imposição de sanções econômicas à República Islâmica, que afirmou categoricamente que seu programa nuclear é pacífico e não tem intenções bélicas. Pezeshkian destacou a necessidade de os Estados Unidos reconhecerem a realidade e pararem de pressionar o Irã, enfatizando que o país não cederá a essas pressões.
Além disso, o presidente eleito criticou as potências europeias por não cumprir seu compromisso em salvar o acordo nuclear e mitigar os efeitos das sanções americanas. Pezeshkian, que venceu o segundo turno das eleições em 5 de julho, sucederá o falecido Ebrahim Raisi e terá um mandato de quatro anos à frente do governo iraniano.
Vale ressaltar que, apesar de ser o presidente do Irã, a autoridade máxima do país está nas mãos do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, que tem a palavra final em questões significativas para a nação persa. Com a posse de Pezeshkian se aproximando, as expectativas em relação à política externa do Irã permanecem altas, especialmente no que diz respeito à sua postura em relação às potências ocidentais e ao restante do mundo.