Segundo Moraes, há “existência de indícios de crime a partir da inserção de dados falsos em sistema eleitoral”. O TSE também se pronunciou, afirmando que “há claros indícios de falsidade ideológica”, e que a fraude foi constatada após apurações internas, que mostram que o registro de Lula no PL foi feito com o uso da senha de uma das advogadas do partido, cujo acesso foi cancelado.
A certidão de filiação partidária de Lula, inicialmente divulgada pelo jornal O Globo, indica que o presidente teria se filiado ao PL em julho do ano passado, vinculado ao diretório municipal de São Bernardo do Campo, onde ele mantém residência. No entanto, o cadastro da filiação foi feito em outubro.
Segundo o TSE, o sistema de filiação partidária funcionou normalmente e “não houve ataque ao sistema ou falha em sua programação. O que ocorreu foi o uso de credenciais válidas para o registro de uma nova filiação falsa”.
O PL, por sua vez, divulgou uma nota da empresa Idatha, contratada pela legenda para fazer o gerenciamento de dados junto ao sistema Filia. A empresa se colocou à disposição para esclarecer o ocorrido e ressaltou que o acesso ao sistema de filiação é feito por meio de senha nacional fornecida pelo TSE e de posse da delegada nacional do partido. Além disso, a empresa destacou que todo o fluxo de qualquer eventual filiação é registrado no sistema, mantendo informações e documentos auditáveis.
Diante da grave acusação de fraude na filiação de Lula, o caso promete gerar mais polêmica e discussões políticas. Resta aguardar a investigação da Polícia Federal para esclarecer os fatos e determinar as responsabilidades envolvidas.
*Cabe ressaltar que, por se tratar de um caso em andamento, é fundamental aguardar maiores esclarecimentos e a conclusão da investigação antes de tirar quaisquer conclusões precipitadas.