Presidente do Fed sinaliza corte de juros enquanto mercado aguarda decisão em setembro

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, fez um discurso histórico durante o Simpósio de Jackson Hole, realizado em Wyoming, nos Estados Unidos. Neste evento que reúne autoridades monetárias, economistas e acadêmicos de renome, Powell anunciou o primeiro corte de juros nos EUA para o mês de setembro. Sua fala foi aguardada com ansiedade pelo mercado financeiro e trouxe otimismo para investidores ao redor do mundo.

Powell enfatizou que a política monetária precisa se ajustar e que os cortes de taxa dependerão dos dados recebidos, da perspectiva econômica e dos riscos envolvidos. Suas palavras confirmaram o que já vinha sendo sinalizado pela ata da última reunião do Fed, aumentando as expectativas de um corte de juros já no próximo mês.

O impacto das declarações de Powell foi imediato nos mercados globais. Em Nova York, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq registraram altas significativas. No Brasil, o Ibovespa também reagiu positivamente, subindo 0,32% e acumulando ganhos de 1,24% na semana e 6,23% no mês.

Além disso, o dólar teve uma desvalorização expressiva em relação a outras moedas, com o real acompanhando esse movimento e encerrando o dia com queda de 1,99%, sendo cotado a R$ 5,47. Essa tendência de enfraquecimento da moeda americana foi impulsionada pela perspectiva de cortes de juros nos EUA, o que favorece a busca por ativos de maior rentabilidade em países emergentes.

As projeções do mercado indicam a possibilidade de um corte de juros de 0,25 ponto percentual nos EUA, porém, não descartam a chance de um alívio maior, de até 0,50 ponto. Essas expectativas são baseadas nas recentes declarações de Powell e na análise dos indicadores econômicos, como a inflação e o mercado de trabalho nos EUA.

Portanto, a decisão do Fed de reduzir os juros em setembro terá repercussões não apenas nos Estados Unidos, mas também em outros mercados ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Os investidores aguardam com ansiedade por novos desdobramentos e estão atentos aos próximos passos da política monetária americana.

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