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Presidente do Banco Central evita falar sobre corte de gastos e reafirma importância da atuação do ministro da Fazenda

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi enfático ao declarar que não é de sua competência discutir questões fiscais, atribuindo essa responsabilidade ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Durante uma coletiva de imprensa em Washington, Campos Neto enfatizou que seu papel se resume a analisar o cenário econômico, sem interferir no debate sobre cortes de gastos em andamento no governo.

Ao ser questionado sobre a importância do cenário fiscal para o Banco Central, o presidente destacou que as decisões nessa área têm um impacto direto nas variáveis econômicas que influenciam as tomadas de decisão da instituição. “O fiscal é importante para o Banco Central porque afeta variáveis econômicas que fazem parte do nosso framework, influenciando nossa tomada de decisão”, explicou ele.

Além disso, Campos Neto ressaltou a importância da transparência nas comunicações do Banco Central com o mercado, garantindo que a instituição explicita sua visão fiscal para garantir uma relação clara com os agentes econômicos. Ele também antecipou a realização de anúncios no curto prazo que devem impactar a percepção do mercado em relação ao tema fiscal no país.

Essas declarações de Campos Neto demonstram a ênfase do Banco Central em manter uma postura alinhada com as diretrizes econômicas do governo, sem invadir a esfera de atuação de outros órgãos, como o Ministério da Fazenda. A expectativa é de que essas informações possam contribuir para uma compreensão mais clara por parte dos agentes do mercado financeiro sobre as intenções e diretrizes da instituição em relação ao cenário fiscal.

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