Presidente da Federação Paulista acusa governador do Pará de interferir na eleição da CBF

O presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, causou polêmica ao declarar seu apoio ao voto aberto na eleição para a presidência da CBF, no entanto, fez ressalvas em relação à atual disputa, na qual ele é um dos candidatos. A declaração foi dada durante uma reunião com representantes de clubes de futebol na última terça-feira (26).

A sucessão na presidência da Confederação Brasileira de Futebol tem sido bastante acirrada desde a saída de Ednaldo Rodrigues, destituído por decisão judicial no início de dezembro. Além de Bastos, destacam-se na disputa Flávio Zveiter, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, e Gustavo Feijó, ex-presidente da Federação Alagoana e aliado de Arthur Lira (PP-AL). A eleição está marcada para acontecer em janeiro.

Em uma gravação obtida pelo jornal, Bastos afirmou que sua suposta pressão sobre seus aliados o impede de defender o voto aberto, alegando que há quatro ou cinco pessoas chantageadas na disputa, citando os estados da Bahia, Espírito Santo e Pará. Segundo ele, esses dirigentes estariam sendo pressionados a não declarar apoio a sua candidatura.

O presidente da Federação Paulista também acusou o governador do Pará, Helder Barbalho, de pressionar e ameaçar dirigentes do estado para que não apoiem sua candidatura, agindo para beneficiar Fernando Sarney, que é seu aliado e tem o endosso de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, para assumir o comando da entidade.

Bastos também fez referência a Mauricio Ettinger, presidente do Paysandu, e Ricardo Gluck Paul, presidente da Federação Paraense de Futebol, afirmando que ambos estariam sendo pressionados por Barbalho. Além disso, insinuou que Paul teria ouvido ameaças de retaliação à sua família.

A inscrição de candidatura para a presidência da CBF requer o apoio declarado de pelo menos cinco clubes e pelo menos oito federações estaduais, e Bastos tem buscado essas alianças.

Em resposta, o governador Helder Barbalho negou qualquer tipo de participação em conversas ou candidaturas aos cargos da CBF. Já Bastos preferiu não se manifestar, e a coluna não obteve resposta de Gluck Paul e não conseguiu contato com Ettinger. A disputa pela presidência da CBF promete ser intensa e deve continuar mobilizando dirigentes e políticos nos próximos meses.

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