Ao mencionar o caso de Ronnie Lesa, Freixo questionou a ineficácia das autoridades em investigar previamente a conduta criminosa desse indivíduo, que agora é réu no caso Marielle. Além disso, ele destacou a importância do julgamento dos ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, responsáveis pela execução do assassinato, que atualmente estão cooperando com as autoridades por meio de delação premiada.
As revelações feitas por Lessa em sua delação apontam para possíveis mandantes do crime, como os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, assim como para a interferência do delegado Rivaldo Barbosa no desfecho das investigações. Freixo ressaltou a complexidade e a gravidade do caso, enfatizando a existência de interesses políticos por trás da obstrução da justiça.
O ex-deputado manifestou confiança nas conclusões da Polícia Federal, responsável pelo inquérito que revelou a encomenda do crime. O processo judicial em curso envolvendo os supostos mandantes ainda está em andamento no Supremo Tribunal Federal, enquanto testemunhas continuam a ser ouvidas no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
O julgamento dos réus Ronnie Lessa e Élcio Queiroz deverá se estender até a madrugada de quinta-feira, com a possibilidade de penas máximas que chegam a 84 anos de prisão. A seriedade e a relevância desse julgamento para a segurança pública do Rio de Janeiro são inquestionáveis, após anos de tentativas de obstrução e adiamento da justiça.
Em meio a tantas reviravoltas e revelações surpreendentes, o desfecho desse caso emblemático poderá finalmente trazer justiça para Marielle Franco e sua família, além de lançar luz sobre os mecanismos obscuros que operam dentro da segurança pública do estado.