Repórter São Paulo – SP – Brasil

Presidente da Colômbia adere a tratado de não proliferação de combustíveis fósseis na COP28 em Dubai.

O Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, surpreendeu a comunidade internacional ao anunciar a adesão do seu país ao Tratado de Não Proliferação de Combustíveis Fósseis. O anúncio foi feito durante a COP28, conferência do clima da ONU, que está ocorrendo em Dubai, nos Emirados Árabes. O tratado tem como objetivo zerar novos investimentos e novas frentes de exploração de combustíveis fósseis, como petróleo e gás, buscando assim eliminar as principais causadoras do aquecimento global.

Petro destacou que a adesão ao tratado não é um suicídio econômico, mas sim uma medida necessária para preservar o planeta. Ele ressaltou que embora a Colômbia ainda dependa do petróleo, a suspensão do seu consumo é essencial para salvar a vida na Terra. O presidente também criticou o poderoso interesse econômico em torno do petróleo e do gás, afirmando que esse é o mais poderoso do capitalismo e atua para frear as mudanças necessárias.

Além disso, Petro também abordou a entrada do Brasil na Opep+, grupo ligado ao cartel do petróleo da Opep. Ele ressaltou que para Argentina e Brasil, dar o passo até 100% de matriz energética limpa não é difícil, mas sim um desafio mais mental e de audácia. Sobre a decisão do Brasil em aderir à Opep+ sob o pretexto de discutir a transição energética, o presidente colombiano afirmou respeitar a decisão.

O evento de adesão da Colômbia ao tratado contou com a presença de líderes de Estados insulares, que representam países mais vulneráveis ao clima. O primeiro-ministro de Tuvalu, Kausea Natano, destacou a importância da ação internacional para manter suas terras e culturas acima da subida dos mares.

A adesão da Colômbia ao tratado foi recebida com grande entusiasmo por organizações e autoridades internacionais, incluindo a OMS (Organização Mundial de Saúde), que é uma das signatárias do tratado. O anúncio de Petro tem o potencial de influenciar outros países produtores de combustíveis fósseis a considerarem a adoção de medidas semelhantes em prol da transição energética.

Portanto, a adesão da Colômbia ao Tratado de Não Proliferação de Combustíveis Fósseis é um marco significativo no contexto das discussões sobre as mudanças climáticas e a transição para fontes de energia mais limpas. É um sinal de que mesmo países produtores de petróleo estão reconhecendo a necessidade urgente de mudanças em prol do meio ambiente.

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