No entanto, o novo presidente decidiu publicar o Decreto 13/2023, que altera o artigo 1º do Decreto nº 93, abrindo brechas para nomeações de parentes do presidente em cargos governamentais. Em suas justificativas, Milei afirmou que a nomeação de Karina Milei é respaldada pelas atribuições que lhe são conferidas pela Constituição Nacional. No entanto, a decisão gerou controvérsias e críticas por parte da oposição e da sociedade civil.
Inicialmente, Javier Milei havia afirmado que sua irmã ocuparia o cargo de conselheira pro bono (sem salário), mas posteriormente decidiu elevá-la ao cargo de secretária-geral da Presidência, equiparando o cargo a um nível semelhante ao de um ministério. Durante a cerimônia de posse, Karina Milei atuou como “primeira-dama”, vestida de branco, e segurou o bastão presidencial enquanto o irmão fazia seu primeiro discurso como chefe de Estado.
A mudança na legislação e a nomeação de parentes para cargos governamentais são tema de debates acalorados na Argentina, com alguns setores da sociedade considerando a ação como um retrocesso e uma quebra de promessas de campanha. O presidente está enfrentando críticas por sua decisão, que vai de encontro com as expectativas de transparência e ética na nova gestão. A nomeação de Karina Milei como secretária-geral da Presidência continua gerando repercussões e debates acalorados na imprensa e no meio político argentino.