O mandado de prisão foi cumprido pela 2ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio da Polícia Civil. Cunha havia sido proibido pela Justiça de frequentar a sede da empresa e de ter contato com outros réus ou membros da cooperativa, porém ele descumpriu essas determinações.
De acordo com informações da Polícia Civil, integrantes da cooperativa sucedida pela UPBus procuraram as autoridades alegando terem sido expulsos por Cunha da sede da empresa. Além disso, o Ministério Público descobriu que Cunha teria procurado o interventor nomeado pela prefeitura para administrar a UPBus, em afronta à decisão judicial.
A Operação Fim da Linha foi iniciada no dia 9 de abril deste ano para desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a facção criminosa PCC. Os criminosos utilizavam as empresas de ônibus UPBus e Transwolff para ocultar a origem ilegal de ativos provenientes de tráfico de drogas e outros crimes.
Após a deflagração da operação, a prefeitura de São Paulo assumiu a operação das linhas de ônibus das empresas Transwolff e UPBus, nomeando interventores. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra 19 envolvidos, incluindo Ubiratan Antônio da Cunha, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, extorsão e apropriação indébita.
A denúncia revelou que mais de R$ 20 milhões em recursos ilícitos foram injetados em uma cooperativa de transporte público na zona leste, que posteriormente se tornou a UPBus. Cunha foi denunciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A UPBus não se manifestou sobre a prisão de seu presidente. A investigação continua em andamento para desvendar os detalhes desse esquema criminoso envolvendo empresas de ônibus em São Paulo.