Repórter São Paulo – SP – Brasil

Presidência do México: Feministas se dividem entre esperanças e incômodos com possível eleição inédita de uma mulher.

No cenário político do México, a possibilidade de eleger uma mulher para a Presidência tem gerado expectativas e desconfortos entre as feministas do país. Com frases como “Haverá mudanças”, “eu não espero nada” e “se for preciso queimar tudo, vamos fazê-lo”, essas mulheres expressam suas esperanças e incertezas diante da candidatura de Claudia Sheinbaum, do partido governista, que lidera as pesquisas com 56% das intenções de voto.

A histórica eleição de uma mulher para a mais alta posição política do país contrasta com a forte presença do machismo na sociedade mexicana. Nas telenovelas, filmes e músicas, o atrelamento do homem como dominante e a mulher como abnegada é uma constante que permeia a cultura popular. Por isso, a possibilidade de uma mudança desse paradigma gera tanto entusiasmo quanto preocupações entre as feministas.

O panorama eleitoral atual aponta que Claudia Sheinbaum terá como principal adversária a centro-direitista Xóchitl Gálvez, que aparece com 34% das intenções de voto, seguida por Jorge Álvarez Máynez, do Movimento Cidadão, com 10%. A eleição, marcada para o próximo dia 2 de junho, promete ser histórica e o resultado poderá representar um marco na luta pelo reconhecimento e valorização das mulheres na política mexicana.

A possibilidade de uma mulher ocupar a Presidência do México representa um avanço na luta pela igualdade de gênero e pelo fim do machismo estrutural presente na sociedade. As feministas, ao mesmo tempo em que veem com esperança essa oportunidade, também não ignoram os desafios e resistências que ainda precisam ser enfrentados para que a presença das mulheres na política seja não apenas uma exceção, mas uma regra. A eleição de Claudia Sheinbaum poderá representar um passo importante nessa direção.

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