No comunicado, a presidência do G20 reconheceu que há divergências entre os membros e participantes do grupo em relação a essas questões sensíveis. Alguns acreditam que esses conflitos podem ter impacto na economia global e, portanto, devem ser discutidos no âmbito do G20, enquanto outros discordam, alegando que não é o fórum apropriado para abordar tais temas.
Diante dessa discordância, a presidência brasileira afirmou que conduzirá as discussões entre os “sherpas” nos próximos meses. Os “sherpas” são representantes pessoais de chefes de Estado ou de Governo que preparam encontros internacionais de alto nível.
Além disso, o comunicado relembrou a Declaração de Líderes de Nova Délhi, onde os líderes do G20 se comprometeram a fortalecer a cooperação dentro do grupo, baseada no consenso como sua ferramenta mais importante.
Desde a Declaração de Nova Délhi em 2023, os líderes do G20 têm expressado preocupação com os conflitos em curso, em especial com a guerra na Ucrânia. Os líderes também concordaram que o uso ou ameaça de uso de armas nucleares é inadmissível e que os Estados devem se abster de ameaças à integridade territorial, soberania ou independência política de outros Estados.
O G20 é composto pelas 19 maiores economias do mundo, juntamente com a União Europeia e a União Africana, representando cerca de 85% do Produto Interno Bruto global, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população do planeta. Desde 2008, os países têm se revezado na presidência do grupo, sendo esta a primeira vez que o Brasil assume a liderança.