Recentemente, o governo do presidente Lula determinou o recadastramento de todas as armas de CACs no Sinarm, medida que visa monitorar e controlar de forma mais eficiente o acesso e a posse de armas no país. Essa ação foi uma resposta às flexibilizações promovidas durante o governo Bolsonaro, que resultaram em um aumento significativo no número de armas e munições em circulação.
É importante ressaltar que a presença de armas de fogo tem sido associada a casos de violência doméstica e feminicídio. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2023, ocorreram 3.930 homicídios de mulheres no país, sendo 1.467 considerados feminicídios. A maioria desses crimes foram cometidos com o uso de arma de fogo, o que evidencia a relação entre a posse de armas e a violência contra as mulheres.
Especialistas alertam para a conexão entre masculinidade tóxica e o uso de armas de fogo, enfatizando que a presença dessas armas em lares pode aumentar o risco de violência doméstica e acidentes. Portanto, é fundamental que o governo adote medidas e campanhas de conscientização para a redução da demanda por armas, além de fiscalizar de forma eficaz a posse e o uso desses artefatos.
Diante desse contexto, as mudanças implementadas pelo governo de Lula, como o recadastramento das armas de CACs e a transferência dessa responsabilidade para a Polícia Federal, representam um avanço no controle e na regulamentação do acesso a armas de fogo no Brasil. No entanto, é necessário continuar monitorando e avaliando as políticas públicas relacionadas à posse de armas para garantir a segurança da população, especialmente das mulheres e crianças, que são as principais vítimas da violência armada.