Preocupações com demanda derrubam preços do petróleo pelo terceiro dia consecutivo; China e EUA no radar dos investidores.

Os contratos futuros do petróleo tiveram mais um dia de queda, marcando o terceiro pregão consecutivo de baixas significativas. Os preços foram impactados por preocupações em relação à demanda da commodity, devido à dificuldade de recuperação econômica e à ausência de estímulos na China.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 1,84%, sendo cotado a US$ 76,96 o barril. Já o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), encerrou o dia com queda de 1,69%, a US$ 82,40 o barril.

O diretor de análise de mercado global da Rystad Energy, Claudio Galimberti, afirmou que o comportamento dos preços nos próximos dias estará diretamente ligado às notícias econômicas da China, às possíveis reduções nas taxas dos Estados Unidos e às negociações em curso no Oriente Médio.

Os receios em relação à economia chinesa têm pressionado o mercado de petróleo nos últimos dias, mesmo com o Banco do Povo da China cortando as taxas de juros. A saída do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, da corrida presidencial não teve um impacto significativo nos mercados de petróleo, de acordo com as observações de Galimberti.

O relatório do Commerzbank destacou que não há um fator específico responsável pela atual fraqueza nos preços do petróleo, atribuindo a situação ao sentimento negativo geral em relação às commodities cíclicas. A Rússia também ajustou sua produção de petróleo em julho para se adequar à meta estabelecida pela Opep+, garantindo que o país não ultrapassasse os volumes acordados.

Em suma, a volatilidade do mercado de petróleo continua sendo afetada por múltiplos fatores, com os investidores atentos às notícias econômicas, às políticas dos principais países produtores e às dinâmicas geopolíticas que impactam diretamente o setor.

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