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Prefeitura do Rio de Janeiro implementa mudanças no trânsito da avenida Brasil para desestimular o uso de veículos individuais

A prefeitura do Rio de Janeiro promoveu mudanças no trânsito da cidade com o objetivo de desestimular o uso de veículos individuais na principal via expressa, a avenida Brasil. As alterações foram implementadas no último sábado e incluem a criação de faixas exclusivas para ônibus, táxis e veículos de serviço, como ambulâncias e viaturas policiais, na pista central da avenida.

Considerada a maior via expressa do país, com 58 km de extensão, a avenida Brasil agora conta com uma faixa segregada para o BRT Transbrasil, um novo serviço inaugurado recentemente. Motoristas de carro, incluindo os que trabalham por aplicativo, e motociclistas foram restritos a duas faixas, enquanto as empresas de logística pressionaram e conseguiram reverter a restrição de horário para circulação de caminhões na via.

A prefeitura destaca que a implementação de corredores exclusivos é fundamental para tornar a cidade mais sustentável, desestimulando o uso do carro e acelerando o tempo de viagem dos usuários do transporte público. O prefeito Eduardo Paes ressaltou a importância do BRT Transbrasil, afirmando que a população verá vantagens em migrar para esse sistema de transporte.

No entanto, nos primeiros dias após as mudanças, motoristas têm criticado os engarrafamentos e congestionamentos na cidade, especialmente nos horários de pico. Relatos indicam que o trânsito na avenida Brasil afetou outras vias importantes, resultando em reclamações tanto de motoristas como de usuários de ônibus paradores.

Apesar das críticas, a prefeitura defende as mudanças e argumenta que o aumento do congestionamento em certos dias não está diretamente relacionado às alterações na avenida Brasil. O BRT Transbrasil, projeto iniciado no segundo mandato de Eduardo Paes e finalizado com sete anos de atraso, visa atender até 250 mil pessoas por dia, conectando diversos bairros da cidade.

Especialistas como Clarisse Cunha Linke, diretora-executiva do ITDP, elogiam as mudanças como um passo fundamental para incentivar o uso do transporte público de qualidade e reduzir a dependência do carro particular. A redistribuição do espaço viário priorizando o transporte coletivo é vista como um avanço na busca por uma mobilidade urbana mais eficiente e sustentável.

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