As questões em questão foram elaboradas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pela organização do concurso. Após críticas nas redes sociais, a Prefeitura emitiu uma nota de repúdio e anunciou a anulação das perguntas 1 e 4 da prova objetiva de língua portuguesa para o cargo de professor.
A FGV justificou a decisão afirmando que as questões não estavam de acordo com os princípios da instituição e garantiu que a pontuação seria atribuída a todos os candidatos. Na primeira questão cancelada, os participantes deveriam escolher a frase que não criticava “o fato de a mulher falar demais”. Entre as opções estavam afirmações como “Há mil invenções para fazer as mulheres falarem, e nem uma só para as fazer calar” e “Gosto de mulheres jovens: suas histórias são menores”.
A vereadora de Macaé, Iza Vicente (Rede), e o deputado federal do Rio de Janeiro, Reimont (PT), se manifestaram nas redes sociais contra o teor das questões. Mais de 40 mil candidatos participaram do concurso, que oferecia 824 vagas para níveis médio e superior em diversas áreas.
O caso evidenciou a importância de revisões criteriosas nas provas de concursos públicos, a fim de evitar conteúdos discriminatórios e ofensivos. A anulação das questões machistas e misóginas demonstra um posicionamento firme por parte da Prefeitura de Macaé em relação à promoção da igualdade de gênero e ao combate de estereótipos prejudiciais. Tal episódio ressalta a necessidade de conscientização e educação sobre tais questões em todos os âmbitos da sociedade.