Um dos temas centrais do debate foi o apagão que afetou a cidade após um temporal na última sexta-feira (11), com Boulos acusando o prefeito de não realizar a poda de árvores e Nunes argumentando que a concessão de energia elétrica é de responsabilidade do governo federal. Em meio a essa discussão, houve momentos de tensão e provocação entre os adversários.
Além disso, Boulos lembrou as investigações sobre possíveis casos de corrupção envolvendo creches na atual gestão, enquanto Nunes enfatizou as posições do adversário em relação à desmilitarização e à liberação de drogas, tentando colocá-lo como radical e inexperiente.
Um dos momentos mais inusitados foi quando Nunes mencionou um episódio em que Boulos teria fugido de notificações judiciais por seis anos. O deputado do PSOL se aproximou do prefeito, negando com a cabeça, e Nunes o abraçou, gerando um momento de tensão seguido de um diálogo cordial entre os dois.
Ao longo do debate, Boulos desafiou Nunes a tornar públicas suas contas bancárias, citando o caso da “máfia das creches”. O prefeito se defendeu, afirmando ter uma vida limpa e sustentando que não é investigado em nada, enquanto atacava as gestões do PSOL na prefeitura.
O embate entre os dois candidatos evidenciou a polarização e as diferenças de propostas e posicionamentos políticos que marcam essa disputa eleitoral em São Paulo. O resultado das eleições no segundo turno está cada vez mais incerto, com Boulos e Nunes buscando conquistar o eleitorado com argumentos e ataques mútuos. O desfecho desse embate será decisivo para o futuro da cidade e para a definição do novo prefeito de São Paulo.
