Repórter São Paulo – SP – Brasil

Prefeito eleito de Curitiba vence com apoio da esquerda e encerra domínio da direita radical na cidade.

O prefeito eleito de Curitiba, Eduardo Pimentel, do PSD, surpreendeu ao vencer as eleições no segundo turno contra a candidata da chamada direita radical, Cristina Graeml, do PMB. Em um cenário onde o eleitorado de esquerda ficou sem representação na disputa final, parte desse grupo acabou apoiando Pimentel, considerando-o o “menos pior”.

A aliança entre o PSD e o PL visava assegurar o bolsonarismo na chapa, no entanto, Pimentel conquistou a preferência dos eleitores curitibanos ao se mostrar como o candidato mais preparado para administrar a cidade. Mesmo com um aceno informal do ex-presidente Jair Bolsonaro em favor de Cristina, o eleito manteve-se focado nas questões técnicas e na gestão pública.

Durante a campanha, Cristina se posicionou como a candidata “contra o sistema”, sem apoio de grandes partidos ou do fundo eleitoral, enquanto Pimentel contou com o suporte de uma ampla aliança e das máquinas municipal e estadual, controladas pelo prefeito Rafael Greca e pelo governador Ratinho Junior, ambos do PSD.

A estratégia da campanha de Pimentel foi explorar as fragilidades do plano de governo da adversária, desconstruindo a imagem de Cristina e transferindo o debate para temas do cotidiano dos eleitores, como a tarifa de ônibus. Além disso, a escolha do candidato a vice-prefeito de Cristina, envolvido em processos judiciais, e sua falta de experiência na administração pública foram pontos explorados pela campanha vencedora.

Mesmo com a acusação de ser vítima do poder econômico e político representado por Pimentel, Cristina prometeu seguir na luta e afirmou que a “caminhada continua” em direção aos seus ideais. Com uma diferença de mais de 15 pontos percentuais, Pimentel foi eleito com 57,6% dos votos, mostrando que a população curitibana optou pela continuidade e pela eficiência na administração pública.

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