A aliança entre o PSD e o PL visava assegurar o bolsonarismo na chapa, no entanto, Pimentel conquistou a preferência dos eleitores curitibanos ao se mostrar como o candidato mais preparado para administrar a cidade. Mesmo com um aceno informal do ex-presidente Jair Bolsonaro em favor de Cristina, o eleito manteve-se focado nas questões técnicas e na gestão pública.
Durante a campanha, Cristina se posicionou como a candidata “contra o sistema”, sem apoio de grandes partidos ou do fundo eleitoral, enquanto Pimentel contou com o suporte de uma ampla aliança e das máquinas municipal e estadual, controladas pelo prefeito Rafael Greca e pelo governador Ratinho Junior, ambos do PSD.
A estratégia da campanha de Pimentel foi explorar as fragilidades do plano de governo da adversária, desconstruindo a imagem de Cristina e transferindo o debate para temas do cotidiano dos eleitores, como a tarifa de ônibus. Além disso, a escolha do candidato a vice-prefeito de Cristina, envolvido em processos judiciais, e sua falta de experiência na administração pública foram pontos explorados pela campanha vencedora.
Mesmo com a acusação de ser vítima do poder econômico e político representado por Pimentel, Cristina prometeu seguir na luta e afirmou que a “caminhada continua” em direção aos seus ideais. Com uma diferença de mais de 15 pontos percentuais, Pimentel foi eleito com 57,6% dos votos, mostrando que a população curitibana optou pela continuidade e pela eficiência na administração pública.