Um dos exonerados, Victor Marques (PC do B), era o favorito para a vice e deixou a chefia de gabinete do prefeito, demonstrando a importância do cargo. Outra secretária exonerada foi Marília Dantas (MDB), que comandava a pasta de Infraestrutura, responsável por obras de grande impacto na cidade.
Victor Marques, mesmo sem experiência em mandatos políticos, é considerado o braço direito de João Campos na prefeitura e têm uma longa relação de amizade e confiança. Por sua vez, Marília Dantas gerenciava um orçamento significativo de R$1 bilhão por ano e obras importantes na cidade.
Essa movimentação de exonerar os secretários busca reduzir as chances do PT em ocupar a vaga de vice na chapa de João Campos. Os petistas têm apresentado dois nomes como pré-candidatos: Mozart Sales e o deputado federal Carlos Veras, ambos com apoio de lideranças importantes do partido. A postura do PSB, no entanto, mostra que há resistência em ceder a vaga para o PT.
Além disso, outros candidatos já se movimentam para a disputa, como o ex-deputado federal Daniel Coelho (PSD) com apoio da governadora Raquel Lyra, o campo bolsonarista com Gilson Machado Neto e Túlio Gadêlha (Rede) e Dani Portela (PSOL) na disputa pela candidatura na federação entre os dois partidos.
Com diversas forças políticas em jogo e estratégias sendo traçadas, a escolha do vice de João Campos se torna um ponto crucial para as eleições municipais em Recife. A pressão do PT, aliada às movimentações de outros partidos e possíveis candidatos, prometem tornar o cenário eleitoral na capital pernambucana cada vez mais acirrado.