Essa queda de 22,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior resultou no terceiro melhor superávit para meses de maio, ficando atrás apenas dos recordes alcançados em 2021 e 2023. Apesar disso, o acumulado nos cinco primeiros meses de 2024 ainda registra um superávit de US$ 35,887 bilhões, o maior resultado para o período desde o início da série histórica em 1989.
No entanto, as exportações brasileiras apresentaram um recuo em maio, enquanto as importações se mantiveram relativamente estáveis. As vendas para o exterior totalizaram US$ 30,338 bilhões, representando uma queda de 7,1% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Já as importações atingiram a marca de US$ 21,804 bilhões, registrando um aumento de 0,5%.
A queda nos preços internacionais da soja, do minério de ferro e das carnes foi apontada como o principal fator para a redução nas exportações. Alguns produtos, como algodão, petróleo bruto e café, tiveram aumento nas vendas, mas não o suficiente para compensar a diminuição de preço dos demais produtos.
Setores como o agropecuário e a indústria extrativa foram os mais impactados, com quedas significativas tanto no volume de mercadorias exportadas quanto nos preços médios. A expectativa do governo para o fechamento do ano de 2024 é de um superávit de US$ 73,5 bilhões, com projeções mais pessimistas em relação às exportações e importações devido ao cenário econômico global.
As previsões do mercado financeiro, no entanto, apontam para um superávit maior, de US$ 82,26 bilhões. O próximo relatório será divulgado em julho, trazendo mais detalhes sobre o desempenho da balança comercial brasileira e suas perspectivas para o restante do ano.