Essa valorização do milho paranaense vai na contramão da situação observada na Bolsa de Chicago (EUA), onde a commodity teve uma queda de 16% no mesmo período. O analista de milho do Deral, Edmar Gervásio, atribui essa sustentação de preços no mercado interno à valorização do dólar em relação ao real e à menor disponibilidade do produto. No entanto, ele alerta que esse cenário é delicado, já que variações negativas no câmbio podem pressionar os preços para baixo.
Com a colheita da segunda safra de milho já atingindo 92% da área plantada de 2,5 milhões de hectares no Paraná, a expectativa é de uma produção de 12,9 milhões de toneladas. Apesar dos números positivos, a proximidade do início da colheita nos Estados Unidos e a previsão de uma safra normal podem exercer pressão sobre os preços no mercado internacional. Por isso, os produtores paranaenses devem ficar atentos às movimentações do mercado e às perspectivas futuras para tomarem decisões estratégicas em relação à comercialização de sua safra.