A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), está alertando os produtores de citros para a necessidade de entrega do relatório cancro/HLB (Greening) até o dia 15 de janeiro. O relatório, que deve conter o resultado das vistorias trimestrais para cancro cítrico e Greening realizadas entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2023 em todas as plantas cítricas da propriedade, precisa ser enviado através do sistema informatizado de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (GEDAVE).
As informações fornecidas no relatório não têm caráter punitivo, mas são fundamentais para orientar as ações de Defesa Agropecuária e balizar as políticas públicas do Estado. De acordo com o engenheiro agrônomo Alexandre Paloschi, diretor do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal, é crucial que os produtores preencham o relatório de forma verdadeira para garantir a sustentabilidade sanitária do agronegócio paulista.
Além disso, com a intensificação das ações de combate ao Greening, o relatório será uma ferramenta de diagnóstico das condições dos pomares existentes no Estado. Diante da publicação da Portaria MAPA nº 317, de 21 de maio de 2021, que instituiu o Programa Nacional de Prevenção e Controle ao HLB (PNCHLB), a eliminação de plantas sintomáticas é obrigatória apenas para pomares com idade inferior a oito anos. No entanto, o controle do psilídeo é obrigatório em todos os pomares, independentemente da idade.
No Estado de São Paulo, a entrega do relatório é obrigatória para todos os produtores de citros, independentemente da idade das plantas. O Greening, causado pela bactéria Candidatus Liberibacter spp. e disseminado pelo psilídeo (Diaphorina citri), é uma doença que afeta todas as plantas cítricas e não possui cura.
Além do Greening, os produtores também precisam ficar atentos ao cancro cítrico, causado pela bactéria Xanthomonas citri pv. citri. Esta doença ataca todas as variedades e espécies de citros, provocando lesões em folhas, frutos e ramos, e pode levar à desfolha e queda de frutos em casos de alta incidência.
Diante disso, a entrega do relatório é uma medida essencial para auxiliar no combate e controle dessas doenças que representam uma ameaça à citricultura tanto em São Paulo quanto em todo o mundo. Portanto, os produtores devem cumprir o prazo estabelecido e garantir a precisão das informações fornecidas nos relatórios.