Praga “Vassoura de Bruxa” atinge plantações de mandioca no Amapá, causando preocupação entre agricultores e autoridades locais.

O Brasil enfrenta um novo desafio no campo da agricultura e pecuária com a confirmação do primeiro caso da praga “vassoura de bruxa” no país. O Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou a presença do fungo Ceratobasidium theobromae, causador da doença, que tem afetado as lavouras de mandioca localizadas em terras indígenas no Oiapoque, ao norte do Amapá.

A descoberta da praga foi realizada pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em 2023, após a detecção da suspeita do fungo e a coleta de amostras para análise em laboratório. Os prejuízos nas plantações das aldeias indígenas Ahumãm, Anawerá, Tuluhi e Tukay chamaram a atenção dos caciques locais, que solicitaram a intervenção da instituição de pesquisa para avaliar a situação.

A mandioca é um alimento essencial para as comunidades indígenas da região, sendo fundamental para a preparação de diversos pratos cotidianos. A perda total de produção ainda não foi confirmada, mas a praga representa uma ameaça significativa para a subsistência dos moradores locais.

Diante do cenário de emergência, o governo do Amapá decretou medidas para combater as doenças causadas por fungos em áreas indígenas, incluindo a distribuição de kits de alimentos e toneladas de farinha para as comunidades afetadas. A dispersão da praga pode ocorrer através do material vegetal infectado, ferramentas de poda e movimentação de solo e água, tornando indispensável a adoção de medidas preventivas e de controle.

A presença da “vassoura de bruxa” nos municípios de Calçoene e Amapá, ao sul de Oiapoque, aumenta a preocupação das autoridades locais e do Ministério da Agricultura. A classificação da praga como quarentenária ausente destaca a importância de ações específicas de controle para evitar danos econômicos nas áreas afetadas.

Com a confirmação oficial do caso, o ministério enviou técnicos ao Amapá para discutir estratégias de defesa fitossanitária e mitigar os impactos da praga. Medidas como intensificação do monitoramento, implementação de quarentena, uso de fungicidas e comunicação local são essenciais para controlar a disseminação do patógeno e proteger as plantações de mandioca no país.

Além disso, foi instituído o Programa Nacional de Prevenção e Vigilância de Pragas Quarentenárias para evitar a propagação da “vassoura de bruxa” em território nacional, mantendo um sistema de vigilância e aplicando medidas de mitigação de risco em casos de suspeita da presença da praga. A união entre autoridades locais, especialistas e comunidades é fundamental para enfrentar esse desafio e proteger a agricultura brasileira.

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