De acordo com Anielle, a declaração de Marcelo Rebelo é um marco significativo no debate internacional sobre a responsabilidade histórica dos países colonizadores em relação à escravidão. Ela enfatizou que é fundamental que essa declaração seja acompanhada de ações concretas de reparação, e não apenas de palavras.
Em um vídeo distribuído à imprensa, a ministra elogiou a postura do presidente português, ressaltando que é a primeira vez que um chefe de Estado aborda o tema com tamanha contundência. Ela também destacou que a declaração de Marcelo Rebelo ocorreu logo após o Fórum Permanente de Pessoas Afrodescendentes da ONU, evidenciando a pressão exercida pelo movimento negro internacional sobre Portugal.
Anielle afirmou que sua equipe está em contato com o governo português para discutir possíveis medidas de reparação e enfatizou a importância de transformar as palavras do presidente em ações efetivas. Marcelo Rebelo também reconheceu que o pedido de desculpas é apenas o primeiro passo, e que existem desafios importantes a serem enfrentados.
Portugal, enquanto nação colonizadora, tem a responsabilidade de lidar com as consequências do seu passado, e a declaração do presidente Marcelo Rebelo representa um avanço significativo nesse caminho de reconhecimento e reparação histórica. O diálogo entre o governo português e representantes brasileiros é fundamental para traçar um plano efetivo de reparação e justiça para as comunidades afetadas pela brutalidade da escravidão.