Durante o Seminário Empoderamento Econômico da População Afrodescendente, realizado em Brasília, no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), especialistas apontaram que é fundamental promover o empoderamento econômico da população negra para impulsionar o desenvolvimento do país. A presidenta do Ipea, Luciana Mendes Santos Servo, destacou que não se trata apenas de uma questão moral, mas sim de uma necessidade para que o Brasil se torne uma nação verdadeiramente desenvolvida.
A desigualdade que exclui uma grande parte da população negra foi apontada como um obstáculo ao crescimento do país pela diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello. Ela ressaltou que, além da reparação histórica, é crucial superar a desigualdade para garantir o crescimento econômico e o aumento da produtividade no Brasil.
Segundo Ana Carolina Querino, representante adjunta da ONU Mulheres no Brasil, a desigualdade e exclusão prejudicam o capitalismo no país, pois é fundamental olhar para quem pode gerar consumo e impulsionar o crescimento econômico. Já Carolina Almeida, da ONG Geledés – Instituto da Mulher Negra, enfatizou a necessidade de políticas públicas eficazes para geração de renda e empoderamento da população negra.
José Henriques Júnior, economista do Ministério da Fazenda, ressaltou a importância dos bancos multilaterais e de fomento, como o BNDES, no apoio às políticas públicas que visam promover a igualdade e o desenvolvimento sustentável. A discriminação racial foi destacada como um malefício não apenas para os indivíduos afetados, mas para toda a sociedade, impactando o potencial econômico do Brasil.
Portanto, urge a necessidade de enfrentar o racismo institucional e implementar medidas concretas que promovam a igualdade de oportunidades para a população negra, a fim de impulsionar o desenvolvimento econômico do país e garantir um futuro mais próspero e justo para todos os brasileiros.
