Enquanto a população total do Japão continua a diminuir pelo 15º ano consecutivo, com uma queda de mais de meio milhão de pessoas, os dados indicam um envelhecimento da população e uma baixa taxa de natalidade, que atingiu um recorde mínimo de 730 mil no ano passado. Além disso, as 1,58 milhão de mortes registradas também representam um recorde histórico. O Japão contava com uma população de 124,9 milhões no início do ano.
Diante desse cenário preocupante, os jovens japoneses estão mostrando cada vez mais relutância em se casar e ter filhos. Fatores como a instabilidade no mercado de trabalho, o alto custo de vida e questões culturais, como a sobrecarga das mulheres no ambiente corporativo, têm contribuído para essa tendência.
Diante dessa realidade, o governo japonês tomou medidas para incentivar os jovens casais a terem mais filhos, destinando cerca de US$ 34 bilhões no orçamento de 2024 para financiar subsídios e programas de apoio à maternidade e paternidade. No entanto, especialistas apontam que essas medidas ainda não abordam a crescente parcela de jovens que preferem não se casar.
As projeções indicam que a população do Japão poderá diminuir em cerca de 30% até 2070, chegando a 87 milhões de pessoas, com quatro em cada dez habitantes com 65 anos ou mais. O país enfrenta desafios demográficos significativos que exigem políticas abrangentes e eficazes para garantir um futuro sustentável.