O capitão Marcos Correa de Moraes Verardino e o cabo Ivan Pereira da Silva foram afastados de suas funções enquanto durar o processo judicial. O juiz Thomaz Correa Farqui, da 3ª Vara Criminal do Foro de Guarujá (SP), foi responsável por essa determinação. Segundo o magistrado, o crime cometido pelos réus é bastante grave, caracterizado como homicídio qualificado de uma pessoa incapaz de reagir, em um contexto em que os policiais deveriam estar protegendo a sociedade.
Além disso, o juiz justificou o afastamento dos agentes de suas funções devido às evidências de manipulação de provas por parte deles, incluindo a exclusão de imagens das câmeras de segurança no local do crime e possíveis alterações na cena do crime. Para o magistrado, a conduta dos policiais demonstra um desvio de caráter e a possibilidade de que esses mesmos crimes possam ser cometidos novamente se eles permanecerem em seus cargos.
A Operação Escudo, realizada pelo governo do estado de São Paulo em 2023 na Baixada Santista, resultou na morte de 28 civis como resposta ao assassinato do soldado da Polícia Militar Patrick Bastos Reis no Guarujá. Moradores da região relataram execuções aleatórias de indivíduos com histórico criminal por parte dos policiais durante a operação.
Diante desse cenário, a Secretaria de Segurança Pública preferiu não fazer comentários sobre a decisão judicial. A ação policial na Operação Escudo gerou críticas e denúncias de violações de direitos humanos, sendo avaliada por diferentes órgãos e entidades públicas em busca de esclarecimento e responsabilização dos envolvidos.
