Segundo as investigações, João Pedro foi atingido por um fragmento de tiro de fuzil nas costas, proveniente de disparos que atingiram uma pilastra próxima ao local onde ele estava com dois amigos. A casa do tio de João Pedro, onde ocorreu o incidente, ficou marcada por mais de 70 tiros.
A juíza responsável pelo caso, Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, decidiu absolver sumariamente os três policiais acusados de homicídio duplamente qualificado. A magistrada considerou que houve legítima defesa por parte dos agentes, o que justificou a absolvição.
A decisão surpreendeu a família de João Pedro, que esperava que os policiais fossem levados a júri popular. Rafaela Santos, mãe do adolescente, expressou sua indignação com a sentença, afirmando que a justiça falhou em responsabilizar os agentes envolvidos na morte de seu filho.
Rafaela Santos anunciou que irá recorrer da decisão, buscando levar o caso a um julgamento popular. A ONG Rio de Paz também criticou a decisão, destacando a impunidade dos culpados e a falta de justiça em casos de violência policial.
A absolvição dos policiais em meio à tragédia que vitimou João Pedro levanta questionamentos sobre a eficácia do sistema judicial e a proteção dos direitos humanos, especialmente em casos envolvendo violência armada e mortes de adolescentes em comunidades vulneráveis. A busca por justiça e responsabilização continua, com a família e organizações defendendo uma resposta adequada diante da tragédia ocorrida em maio de 2020.