De acordo com informações da PF, o principal investigado se aproveitava da vulnerabilidade de imigrantes e refugiados para abrir contas bancárias e empresas em seus nomes, sem o conhecimento destas pessoas. Estas contas eram utilizadas para movimentar dinheiro destinado a atividades ilícitas, como o financiamento de passagens aéreas para brasileiros recrutados para viajarem ao exterior e serem selecionados por organizações terroristas.
O apoio financeiro ao terrorismo estava relacionado a um esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, descoberto em outra operação no ano anterior. Esse esquema envolvia a compra e venda de criptoativos para enviar recursos ilícitos ao exterior. Os envolvidos enfrentam acusações de contrabando, integração em organização terrorista, atos preparatórios, financiamento do terrorismo e lavagem de dinheiro, podendo ser condenados a até 75 anos e 6 meses de reclusão.
A Operação Trapiche revela a continuidade dos esforços das autoridades para combater atividades terroristas e financeiras ilegais no Brasil. A PF segue trabalhando para desmantelar esquemas que visam desestabilizar a sociedade e prejudicar a segurança nacional. A celeridade das investigações e a cooperação entre as agências de segurança são essenciais para garantir a prevenção e a punição de crimes dessa natureza.