Polícia Civil procura médico proctologista acusado de abuso sexual contra pacientes em São Paulo.

A Polícia Civil está em busca de um médico proctologista acusado de cometer crimes sexuais contra suas pacientes. A prisão preventiva do suspeito foi decretada e as investigações apontam que os abusos teriam ocorrido em seu consultório, localizado no Parque São Jorge, na zona leste de São Paulo.

Segundo uma das vítimas, uma mulher de 47 anos, ela conseguiu localizar outras cinco possíveis vítimas do médico. Juntas, elas formaram um grupo com o objetivo de trocar informações e buscar justiça. A última vítima relatou ter sido estuprada há apenas dois meses.

A defesa do médico, representada pelo advogado Daniel Bialski, nega as acusações e afirma que seu cliente provará sua inocência. De acordo com a nota emitida pela defesa, Paulo Augusto Berchielli possui 40 anos de carreira sem qualquer intercorrência ou acusação semelhante.

De acordo com a mulher entrevistada, ela realizou uma cirurgia em agosto de 2021 por recomendação de um familiar que já havia passado pelo mesmo procedimento para tratar hemorroidas. Ela afirmou ter pago R$ 2.500 pela cirurgia e disse ter sido dopada durante o ocorrido.

Segundo o relato, logo após o procedimento, enquanto aguardava a alta médica, o proctologista entrou na sala e ofereceu um medicamento para aliviar a dor. Ele alegou que ela precisava ser examinada novamente. A mulher afirmou que, após tomar o medicamento, sentiu-se sedada e o médico pediu que ela tirasse sua roupa. Sem condições de se despir sozinha, ela pediu que ele chamasse sua assistente para ajudá-la. O médico então a colocou de bruços em uma maca e cometeu a violência sexual.

Após o ocorrido, a vítima afirmou ter visto o médico se limpar e retornou para casa. Ela acredita ter dormido por três dias seguidos devido à fraqueza em seu corpo. Ao acordar, ela começou a se recordar de cenas do abuso e imediatamente contatou seu advogado. Juntos, eles foram até uma delegacia e um hospital.

Segundo a vítima, um exame detectou a presença de sêmen compatível com o DNA do médico. A roupa íntima da vítima foi encaminhada ao Instituto de Criminalística para elaboração de laudos, conforme informado pela SSP (Secretaria da Segurança Pública).

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) também está investigando o médico em questão. O órgão afirmou que as investigações estão em andamento sob sigilo, seguindo os prazos processuais determinados pelo Código de Processos Éticos Profissionais do CFM (Conselho Federal de Medicina). Até o momento, o conselho não foi oficialmente notificado sobre o mandado de prisão expedido pela Justiça.

As investigações continuam para reunir mais evidências contra o médico proctologista acusado de cometer os crimes sexuais. As vítimas se uniram em busca de justiça e esperam que o agressor seja responsabilizado por seus atos.

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