Polícia Civil do Rio apreende 8 metralhadoras furtadas do Exército de São Paulo na zona oeste da cidade.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu nesta quinta-feira (19) oito das 21 metralhadoras que haviam sido furtadas do Arsenal de Guerra do Exército, localizado em Barueri, na Grande São Paulo. As armas foram encontradas na comunidade da Gardênia Azul, zona oeste do Rio, mesma região onde uma quadrilha suspeita de ter assassinado três médicos na Barra da Tijuca atua.

A apreensão das armas foi confirmada pelo Comando Militar Sudeste durante entrevista coletiva nesta quinta-feira. A falta das outras 13 metralhadoras .50 (antiaéreas) e oito do calibre 7,62 foi notada durante uma inspeção, e o Exército afirmou que os equipamentos foram recolhidos para manutenção.

Na última quinta-feira, o jornal Folha de S.Paulo divulgou que o Exército havia identificado três militares suspeitos de participar do furto das armas. A Força também estava investigando se esses militares foram cooptados por facções criminosas para realizar o extravio do armamento.

De acordo com relatos de oficiais envolvidos na investigação, a principal suspeita é que as armas foram roubadas no feriado do Dia da Independência, em 7 de setembro, quando o quartel estava vazio. O sumiço das metralhadoras foi percebido por militares do Arsenal de Guerra no último dia 10, durante uma inspeção.

Esse tipo de controle não é realizado periodicamente na unidade militar, sendo realizado apenas quando alguém precisa acessar o armário onde as armas são guardadas. Após o acesso, o militar é obrigado a contar as armas e anotar os números em um arquivo interno da Força.

Após perceber o sumiço das metralhadoras, o militar comunicou seu superior hierárquico e, em seguida, foi aberto um inquérito para investigar o caso. As apurações estão sendo conduzidas por um coronel vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia em Brasília, com a coordenação dos trabalhos sendo realizada pelo Comando Militar do Sudeste.

A reação inicial do Exército foi manter aquartelados os 480 soldados e oficiais que integram o Arsenal de Guerra. Na última terça-feira, 320 militares foram liberados pela Força. O Comando Militar do Sudeste afirmou que agora a tropa está em estado de sobreaviso, o que significa uma redução do efetivo presente no quartel.

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, reiterou o compromisso em solucionar o caso e punir os responsáveis, afirmando que não medirão esforços para recuperar as armas. O general Achilles Furlan, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia, também se manifestou, garantindo que o Exército não desistirá de encontrar as armas.

O Ministério Público Militar já foi comunicado sobre o sumiço das armas e solicitou informações sobre a investigação ao Exército. No entanto, os procuradores militares só devem participar do caso após a conclusão do inquérito conduzido pela Força.

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