A apreensão das armas foi confirmada pelo Comando Militar Sudeste durante entrevista coletiva nesta quinta-feira. A falta das outras 13 metralhadoras .50 (antiaéreas) e oito do calibre 7,62 foi notada durante uma inspeção, e o Exército afirmou que os equipamentos foram recolhidos para manutenção.
Na última quinta-feira, o jornal Folha de S.Paulo divulgou que o Exército havia identificado três militares suspeitos de participar do furto das armas. A Força também estava investigando se esses militares foram cooptados por facções criminosas para realizar o extravio do armamento.
De acordo com relatos de oficiais envolvidos na investigação, a principal suspeita é que as armas foram roubadas no feriado do Dia da Independência, em 7 de setembro, quando o quartel estava vazio. O sumiço das metralhadoras foi percebido por militares do Arsenal de Guerra no último dia 10, durante uma inspeção.
Esse tipo de controle não é realizado periodicamente na unidade militar, sendo realizado apenas quando alguém precisa acessar o armário onde as armas são guardadas. Após o acesso, o militar é obrigado a contar as armas e anotar os números em um arquivo interno da Força.
Após perceber o sumiço das metralhadoras, o militar comunicou seu superior hierárquico e, em seguida, foi aberto um inquérito para investigar o caso. As apurações estão sendo conduzidas por um coronel vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia em Brasília, com a coordenação dos trabalhos sendo realizada pelo Comando Militar do Sudeste.
A reação inicial do Exército foi manter aquartelados os 480 soldados e oficiais que integram o Arsenal de Guerra. Na última terça-feira, 320 militares foram liberados pela Força. O Comando Militar do Sudeste afirmou que agora a tropa está em estado de sobreaviso, o que significa uma redução do efetivo presente no quartel.
O comandante do Exército, general Tomás Paiva, reiterou o compromisso em solucionar o caso e punir os responsáveis, afirmando que não medirão esforços para recuperar as armas. O general Achilles Furlan, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia, também se manifestou, garantindo que o Exército não desistirá de encontrar as armas.
O Ministério Público Militar já foi comunicado sobre o sumiço das armas e solicitou informações sobre a investigação ao Exército. No entanto, os procuradores militares só devem participar do caso após a conclusão do inquérito conduzido pela Força.






