No entanto, o sinal da aeronave foi perdido ao entrar em um espaço aéreo sem cobertura de radar e não houve registros de nova decolagem do avião. A FAB só tomou conhecimento do desaparecimento do piloto após o contato de sua mãe, Maria Eugenia Buta, no dia 4 de setembro. Desde então, iniciou buscas por informações sobre um possível voo ou acidente envolvendo a aeronave e o piloto.
Pedro Buta havia sido contratado um mês antes para buscar o empresário Daniel Seabra de Souza, do ramo da mineração, na Venezuela. Segundo Souza, que permanece no país vizinho, ele manteve contato com o piloto até o dia 1º de setembro, quando ele parou de responder às mensagens. Há relatos de que o piloto teria decolado com outra pessoa antes de desaparecer, o que foi contestado pela mãe de Buta.
A família conseguiu obter trocas de mensagens entre o piloto e o empresário, que indicavam que Buta desligaria o transponder da aeronave em território brasileiro antes de seguir para a Venezuela, sugerindo que não tinha autorização para fazer tal viagem. Souza negou ter combinado o desligamento do transponder e afirmou que enviaria as mensagens completas para a Polícia Federal para esclarecimento.
A Folha tentou contato com a Polícia Federal e o Ministério das Relações Exteriores, porém, não obteve resposta até o momento. A FAB continua em busca de informações sobre o caso e ressalta que as informações são insuficientes para realizar buscas utilizando meios aéreos, mantendo o Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico Amazônico (Salvaero) atento ao caso. A preocupação com o paradeiro de Pedro Buta cresce conforme o tempo passa, e a família e autoridades seguem em busca de respostas sobre o desaparecimento do piloto brasileiro.