A situação foi agravada pela divulgação do Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial dos Estados Unidos, que apresentou uma queda significativa, passando de 49,6 em julho para 47,9 em agosto. Esse resultado sinalizou uma contração na economia norte-americana, impactando diretamente no mercado financeiro global.
Mesmo com o crescimento acima do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre, que registrou uma alta de 1,4%, o índice Bovespa não conseguiu manter sua trajetória positiva. A melhora na economia do país foi considerada insuficiente para conter a influência dos acontecimentos internacionais, segundo avaliação de especialistas do mercado financeiro.
Setores como o agronegócio enfrentaram uma desaceleração, mas ainda assim o desempenho positivo do PIB brasileiro gerou expectativas de maior pressão inflacionária e possível elevação na taxa básica de juros, a Selic. As ações das empresas do setor de commodities, como a Vale e a Petrobras, foram impactadas pelo declínio dos preços, evidenciando a volatilidade do mercado.
O envolvimento do capital estrangeiro também foi destaque, com influxo de investidores na B3 impulsionado pelos sinais de recuperação econômica no Brasil. A expectativa de uma temporada de balanços corporativos favorável e a possibilidade de redução de juros nos Estados Unidos contribuíram para o aumento do interesse de estrangeiros em investir no país.
Mesmo com a oscilação do mercado, o otimismo quanto aos fundamentos econômicos do Brasil foi ressaltado por analistas e gestores, sinalizando uma perspectiva positiva para o futuro do Ibovespa e a continuidade do ingresso de capital estrangeiro.