De acordo com a PF, a evidência desse conhecimento por parte de Bolsonaro veio de trocas de mensagens entre ele e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. Em uma das mensagens, Cid enviou um link do leilão para Bolsonaro, que respondeu com a palavra “selva”. Além disso, durante a investigação no celular do ex-presidente, foram encontrados registros de acesso à página da empresa responsável pelo leilão.
Segundo a Polícia Federal, a sequência de eventos, incluindo a troca de mensagens, o acesso à página do leilão e a utilização da expressão “selva”, indicam que Bolsonaro tinha pleno conhecimento da situação.
Além disso, durante o dia do leilão, Cid enviou um link de uma transmissão ao vivo do evento para Bolsonaro, demonstrando seu envolvimento no processo. Após o item não ser arrematado, Cid entrou em contato com a loja para verificar a possibilidade de incluir o item em leilões futuros.
No entanto, em fevereiro, Cid informou à loja que o proprietário mudou de ideia e queria que o item fosse devolvido. A partir desse momento, o grupo iniciou uma operação para trazer o kit de joias de volta ao Brasil, solicitando que fosse enviado para a residência de Bolsonaro e seus assessores.
O relatório da PF também cita o depoimento do general da reserva Mauro Lourena Cid, pai de Mauro Cid, afirmando que entregou US$ 68 mil ao ex-presidente Bolsonaro, provenientes da venda de relógios recebidos pela Presidência. Mauro Cid confirmou que os valores foram repassados de forma fracionada e entregues em espécie, evitando o sistema bancário convencional.
Diante dessas revelações, o caso ganha contornos de polêmica e levanta questões sobre a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro. A investigação da Polícia Federal continua em andamento para esclarecer todos os detalhes desse episódio envolvendo o ex-presidente e as joias de ouro rosé. A sociedade aguarda por respostas mais concretas sobre esse caso que tem provocado repercussão em todo o país.
