Dentro do programa, os fornecedores podem visualizar suas faturas e solicitar a antecipação do pagamento de notas fiscais de bens e serviços. Com um leilão reverso, a antecipação dos títulos ocorre com a menor taxa de juros. No entanto, a Petrobras identificou casos em que fraudadores usaram documentos falsos e registros antigos das empresas para abrir contas e fazer pedidos de antecipação de recebíveis de forma fraudulenta.
Essa situação levou a Petrobras a mover ações de consignação de pagamento na Justiça, já que a empresa não sabe a quem deve os valores dos contratos. Tanto os fornecedores quanto os bancos foram colocados como réus nos processos, pois a estatal se viu diante de uma situação complexa e precisa da intervenção judicial para resolver quem deve receber o pagamento.
Os fornecedores envolvidos alegam ser vítimas de uma fraude orquestrada por estelionatários e apontam falhas na segurança tanto da plataforma Mais Valor quanto dos bancos participantes. A situação é delicada, pois a Petrobras tem contratos firmados com os fornecedores, mas não tem certeza de para quem deve efetuar os pagamentos devido às fraudes identificadas.
A Justiça está analisando os processos movidos pela Petrobras, e os réus estão apresentando suas contestações. Alguns bancos solicitaram medidas cautelares, como o bloqueio de contas correntes usadas para as fraudes. A empresa Belov Engenharia, uma das fornecedoras envolvidas, também abriu um processo criminal para investigar o caso e buscar responsabilidades.
Essa situação coloca em xeque a segurança e a integridade dos processos de antecipação de recebíveis da Petrobras e levanta questões sobre a necessidade de maior controle e monitoramento para evitar fraudes futuras. A empresa está empenhada em resolver a situação e garantir a lisura de suas operações no mercado.






