A Petrobras ganhou destaque nas investigações do esquema de corrupção alvo da Operação Lava Jato, que teve início em 2014 e foi encerrada há três anos, em 2021. Diante desse cenário, a parceria com a CGU surge como uma oportunidade para reforçar os mecanismos de controle e gestão de risco das estatais, visando maior transparência e responsabilidade.
O acordo de cooperação técnica estabelece que a Petrobras enviará informações e dados de forma sistemática à CGU, que, por sua vez, fornecerá tecnologias e análises técnicas. A ideia por trás desse intercâmbio é incentivar a transparência e o controle social na empresa, fortalecendo sua gestão e preservando o patrimônio público.
As consequências do esquema de corrupção na Petrobras não foram pequenas, com contratos superfaturados resultando em um rombo de aproximadamente R$ 18,6 bilhões, conforme estimativa do Tribunal de Contas da União (TCU). Somando-se as perdas da estatal, que totalizaram R$ 23,8 bilhões com a correção inflacionária, devido ao cartel de empreiteiras investigado pela Lava Jato, fica evidente a urgência de ações conjuntas e efetivas para prevenir situações similares no futuro.
A assinatura desse acordo entre a CGU e a Petrobras representa um passo importante na direção da transparência e do combate à corrupção dentro da estatal, demonstrando um comprometimento mútuo com a integridade e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos.