Dentre esses eventos, destacam-se o acordo tributário com o Ministério da Fazenda, o acordo salarial para os próximos anos e a desvalorização cambial ocorrida no segundo trimestre de 2024. Sem a consideração desses fatores, a Petrobras estaria apresentando um resultado positivo semelhante ao trimestre anterior.
Apesar do resultado negativo, a empresa informou que vai pagar dividendos aos acionistas em conformidade com a Política de Dividendos da estatal. A Petrobras aprovou o pagamento de R$ 13,6 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio a serem pagos em duas parcelas, em novembro e dezembro.
Além disso, a companhia não descarta a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários ainda este ano, dependendo da capacidade de financiabilidade dos projetos da empresa entre 2025 e 2029. A diretoria garantiu que está atenta aos fluxos de caixa futuros da empresa para propor a distribuição de dividendos extras.
Quanto aos preços dos combustíveis, a Petrobras afirmou que segue uma estratégia comercial que visa não transferir para o mercado interno as variações de preços do petróleo e derivados. A presidente Chambriard reforçou o compromisso de manter essa estratégia, mesmo que tenha resultado em uma ligeira perda de participação de mercado nos últimos meses.
Em relação ao Gasoduto Rota 3, a Petrobras prevê sua entrada em operação até setembro de 2024, ampliando o escoamento de gás natural dos projetos em operação na Bacia de Santos. A diretora Executiva de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Renata Baruzzi, destacou que os trabalhos estão progredindo conforme o cronograma estabelecido e a expectativa é iniciar o transporte de gás ainda no terceiro trimestre. O gasoduto terá uma extensão total de 355 quilômetros e deverá contribuir significativamente para o aumento da disponibilidade de gás natural em todo o território brasileiro.