Ricardo Nunes lidera a disputa para o segundo turno com 51% das intenções de voto, contra 33% de Guilherme Boulos. O resultado alcançado por Marçal no primeiro turno, com 28,14% dos votos, é visado pelos adversários, já que representa uma parcela significativa de eleitores. A adesão dos eleitores de Marçal a Boulos é vista como um voto de protesto de pessoas insatisfeitas com a política tradicional, representada por figuras como Nunes, e não necessariamente por razões ideológicas.
Diante disso, Boulos tem intensificado suas críticas a Nunes e buscado atrair os eleitores de Marçal, apostando em um discurso de renovação política. As estratégias parecem ter contribuído para a queda na rejeição do psolista entre os eleitores do candidato do PRTB, que passou de 92% para 86%. Enquanto isso, a rejeição a Nunes entre os eleitores de Marçal cresceu de 9% para 12%.
No último debate televisivo, Boulos adotou uma postura mais combativa, intensificando seus ataques ao atual prefeito. Mesmo com o tema central sendo o apagão que afetou mais de dois milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo, o psolista aproveitou para criticar a gestão de Nunes como um todo e questionar questões sobre suas contas bancárias. Além disso, Boulos tem tentado associar o emedebista ao crime organizado, citando relações familiares suspeitas.
Após Nunes cancelar sua participação em um debate, Boulos teve a oportunidade de tecer críticas ao prefeito e seu entorno, chamando-o de “covarde” e “fantoche”. A postura agressiva do psolista parece ser uma estratégia adotada após a equipe de campanha avaliar que os comportamentos combativos de Marçal chamaram a atenção dos eleitores paulistanos. Boulos busca atrair os votos desse segmento eleitoral importante para tentar superar a vantagem de Nunes nas pesquisas e se tornar o novo prefeito de São Paulo.