Liderados pelo Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais, a manifestação coincide com o Dia Mundial de Proteção aos Manguezais, a ser celebrado em 26 de julho. Em um manifesto direcionado ao órgão federal, os pescadores exigiram a retirada de cercas instaladas em praias e manguezais, além do direito das comunidades pesqueiras e quilombolas de opinar sobre a chegada de novos empreendimentos no litoral baiano.
As comunidades pesqueiras do litoral da Bahia enfrentam uma série de pressões e conflitos devido ao avanço dos empreendimentos imobiliários e turísticos na região. Um dos principais pontos de tensão é a implantação de um megaempreendimento turístico e imobiliário na ilha de Boipeba, em Cairu.
Esse empreendimento prevê ocupar uma área de 1.651 hectares, equivalente a 20% da ilha, nas proximidades da comunidade Cova da Onça, onde vivem aproximadamente 700 moradores de comunidades tradicionais. O escritório da SPU na Bahia está sob o comando do advogado Otávio Alexandre Freire da Silva, indicado para o cargo pelo deputado federal João Carlos Bacelar.
Até o momento, o Ministério da Gestão não se pronunciou sobre o protesto e as reivindicações dos pescadores. A manifestação destaca a importância da proteção dos manguezais e a necessidade de reparações históricas diante das desigualdades enfrentadas pelas comunidades pesqueiras e quilombolas.
