As sete pegadas, encontradas em rochas expostas no oeste paraibano, foram analisadas por uma equipe da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), liderada pela mestranda Zarah Trindade Gomes e pela professora Aline Ghilardi. O estudo foi publicado na revista especializada Historical Biology, destacando a importância desses icnofósseis na compreensão dos dinossauros da Era Mesozoica.
A preservação das pegadas permitiu aos pesquisadores identificar características únicas do Sousatitanosauripus robsoni, indicando que provavelmente era um titanosauriforme. Detalhes como a heteropodia, a ausência de garras nas patas dianteiras e a estreiteza da trilha evidenciam a posição intermediária desse animal na evolução dos dinossauros de grande porte. Este ser pré-histórico, que podia chegar a 15 metros de comprimento, representa um elo importante na cadeia evolutiva dos titanosauriformes, que posteriormente alcançariam dimensões ainda maiores.
Além disso, as descobertas no vale dos Dinossauros, especialmente em Sousa, na Paraíba, revelam a riqueza paleontológica da região. A homenagem feita a Robson Araújo Marques, conhecido como “o velho do rio”, na nomenclatura do novo icnogênero, simboliza o reconhecimento da importância dos pioneiros na descoberta e preservação desses vestígios do passado. Certamente, o legado deixado por esses gigantes pré-históricos continuará a inspirar novas gerações de cientistas e entusiastas da paleontologia.